poesiareal

«E de tudo os espelhos são a invenção mais impura»

2007-06-10

Ruy Belo

Quando as palavras o deixaram de cobrir
ficaram-lhe dois dos olhos por onde
o senhor olha finitamente a sua obra
Até que as chuvas lhe molharam os olhos
e deles saíram rios que foram desaguar
ao grande mar do princípio

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